quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Justiça decide que advogado deve receber 600% a mais em valor de honorários.


O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil interviu em favor do profissional

Por Rodrigo Rigaud
Diego Vikboldt Ferreira, experiente advogado gaúcho, foi defendido no STJ pelo Conselho Federal da OAB por ter, segundo o órgão, recebido honorários não compatíveis à sua dignidade profissional.
O relator da ação, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, usou o caso em isolado para evocar o valor do exercício da advocacia, vezes esquecido até por muitos profissionais de carreiras jurídicas: “Creio que todos devemos reconhecer, e talvez até mesmo proclamar, essa realidade da profissão advocatícia privada ou pública, sublinhando que sem ela a jurisdição restaria enormemente empecida e talvez até severamente comprometida”, afirmou o ministro.
Sobre a situação dos honorários, o ministro declarou que “o exercício da advocacia envolve o desenvolvimento e elaborações intelectuais frequentemente refinadas, que não se expressam apenas na rapidez ou na facilidade com que o causídico o desempenha”. Com a posição, Napoleão Maia Filho entendeu que o valor a ser entregue ao advogado, inicialmente afixado em R$ 15 mil, deveria ser reajustado para R$ 115 mil, resultando em um aumento de quase 600% nos honorários.
O presidente da Comissão Nacional de Prerrogativas e Valorização da Advocacia, Leonardo Accioly, comemorou a vitória do profissional gaúcho: “a reversão de decisões que aviltam honorários representam uma vitória da classe, já que a remuneração indigna desqualifica e diminui a profissão”.
Marcus Vinicius Furtado Coêlho, presidente da OAB, também exaltou a decisão do STJ: “Honorários dignos é uma questão de justiça. A Ordem está vigilante e atuante para que os advogados recebam pagamento justo por seus serviços”, concluiu.


Nenhum comentário:

Postar um comentário